Saturday, November 2, 2019

DA ALVORADA DA SACANAGEM À PUTARIA DOS DIAS DE HOJE #3



EPISÓDIO DE HOJE: AS ORGIAS ROMANAS


A Vênus de Willendorf, encontrada em 1908 na cidade austríaca de mesmo nome, é o registro mais antigo de um objeto representando o nu. Esculpida em calcário por volta do ano 30.000 a.C., a peça é a representação de uma mulher com aparência nada sensual.

Pelo menos para os padrões de hoje, quando a beleza feminina atingiu certo nível de magreza que beira a anorexia.

A ninfa pré-histórica de Willendorf tem peitos e quadris enormes, barriga protuberante e lábios grossos.

Outras peças arqueológicas do mesmo período seguem padrão idêntico, com formas sempre exageradas.

Estudiosos acreditam que essas esculturas eram usadas como objetos de culto.


Ao longo da história, a humanidade sempre usou eufemismos religiosos para disfarçar suas mais secretas taras.

Ritos de adoração a deuses e deusas da fertilidade são comuns na cultura de vários povos.

No Japão, por exemplo, há o Templo Tagata (ou Templo do Pênis Grande), dedicado a um suposto “deus” capaz de curar e trazer prosperidade.

Casais que não conseguem ter filhos buscam ajuda ali.


Os romanos, por iniciativa do imperador Augusto, que governou entre 27 a.C. e 14 d.C., costumavam deixar textos pornográficos nas paredes do templo de Príapo, o deus da virilidade.

Com o tempo, o homem foi deixando os subterfúgios religiosos e místicos de lado, e a pornografia começou a aparecer de modo mais escancarado.

Famosos pelas orgias em banhos públicos, os romanos tinham o extravagante hábito de decorar suas casas com esculturas eróticas e outros objetos em forma de falo – o pênis ereto era considerado símbolo de sorte.

Nos muros de Pompéia, arqueólogos encontraram grafites com frases obscenas e desenhos de sacanagem.

Assista ao filme “Calígula” (1980), dirigido por Tinto Brass e Bob Guccione, o criador da revista “Penthouse”, e confira a bacanal que era o Império Romano na época em que foi comandado pelo mais louco dos seus líderes, o pervertido Calígula, interpretado no filme por Malcolm McDowell.


Entre os romanos, havia até um escritor especializado em vida sexual.

Ovídio, autor de “Ars Amatoria” (“A Arte de Amar”), foi um dos precursores da sexologia de botequim.

Foi ele um dos primeiros a elaborar um guia do sexo em Roma.

Do mesmo modo que é feito hoje por dezenas de revistas masculinas e femininas, o escritor romano dava dicas sobre sexo para homens e mulheres: onde encontrar parceiros, como abordá-los e também como satisfazê-los.

Minucioso e experiente na arte da licenciosidade, Ovídio chegava a sugerir como um amante deve fazer para aumentar o prazer do outro.

Um sucesso editorial!


No mesmo período de Ovídio e seu “Ars Amatoria” aparecia no Oriente distante um livro que, mais tarde, se transformaria na grande estrela da literatura pornográfica de todos os tempos: o “Kama Sutra”.

Escrita na Índia no século 2 d.C., a cultuada obra do religioso Vatsyayana Mallanaga é uma seleção de textos milenares sobre sexo, ilustrada com mais de 500 desenhos representando posições sexuais.

No livro, o estudioso indiano faz uma defesa apaixonada da liberdade sexual.

Para ele, o sexo faz parte da criação divina e, por isso, precisa ser venerado e praticado.


O “Kama Sutra” é considerado por muitos um importante documento sobre a história da sexualidade humana.

Por outros, é nada mais do que pornografia.

O livro instrui os amantes na arte da sedução, em como cortejar, como conduzir uma discussão com o parceiro, diversas técnicas de beijo, entre muitas outras saudáveis sem-vergonhices.

Em 1883, o livro foi traduzido e adaptado para o Ocidente pelo linguista inglês Richard Francis Burton, que, devido aos costumes vitorianos da época, substituiu a linguagem direta e explícita dos textos originais por floreios e descrições, digamos, mais poéticas.




Manuel Mann tem 59 anos.
É português de Lisboa.
Fez carreira na diplomacia,
mas como era espada achou melhor
largar tudo para virar publisher
da PENTHOUSE e da PLAYBOY portuguesas.
Hoje, é editor de textos de CACILDA!
juntamente sua velha comparsa Ju Cartwright, fotógrafa e editora de imagens.
Manuel tem sido um libertino muito aplicado
e um intelectual putanheiro exemplar
ao longo das últimas décadas.


48 CAPAS MEDONHAS PARA LPS INCLASSIFICÁVEIS #6
















Friday, October 18, 2019

MISSING: LINDA GRAY, A INESQUECÍVEL SUE ELLEN EWING DO SERIADO "DALLAS"




Muita gente se pergunta por onde anda Linda Gray, que deu vida à ex-Miss Texas Sue Ellen Ewing, que diante da indiferença e das traições constantes do marido crápula milionário do petróleo JR Ewing, meteu o pé na jaca e caiu no whisky em grande estilo. Pois ela anda por aí, fazendo teatro e participações eventuais em séries de TV. Quando trabalhava como modelo nos anos 60 visando chegar a Hollywood, Linda foi dublê de corpo para Anne Bancroft em algumas cenas mais picantes e também para os cartazes do filme "The Graduate - A Primeira Noite de Um Homem" (1967). Mal ela podia imaginar que aquilo seria tão vital em sua carreira. Linda custou a engrenar como atriz, e passou muitos e muitos anos desfilando sua beleza em papéis bem secundários em filmes e séries de TV.  Só em 1978 ela iria receber o papel de sua vida: a pé de cana Sue Ellen Ewing, mulher de um dos maiores vilões da TV em todos os tempos, brilhantemente interpretado por Larry Hagman. Inicialmente, ela participaria de apenas cinco episódios da primeira temporada de Dallas, e se suicidaria. Porém, seu personagem fez tanto sucesso que ela continuou na série até 1989. Como Sue Ellen, Linda alcançou a fama internacional e virou uma figura icônica -- mais ou menos como Heleninha Roitman aqui no Brasil. Depois do fim da série, Linda teve sérias dificuldades para ser escalada para novos personagens na TV. O jeito foi fazer outras coisas e, sempre que possível, voltar a interpretar Sue Ellen em telefilmes anuais que reuniam o elenco de Dallas -- sem contar o retorno da série, com os Ewings 20 anos mais velhos, onde permaneceu no elenco por 3 temporadas, entre 2012 e 2014. No teatro, curiosamente, seu papel mais marcante foi justamente o de Ms. Robinson, para quem ela havia sido dublê de corpo em 1967. Todo mundo se surpreendeu quando Linda, aos 65 anos de idade, topou aparecer nua (e com tudo em cima) numa produção de "The Graduate" nos palcos ingleses. Acreditem: essa California Girl de Santa Monica continua uma bela mulher aos 79 anos





CURIOSIDADES

Após "Dallas", Linda Gray fez várias participações em diversos seriados, incluindo a série britânica "Lovejoy", e também estrelou em vários filmes para a televisão americana incluindo "The Entertainers", "Bonanza: The Return" (1993) e "Accidental Meeting" (1994). Fez também um papel recorrente na série "Melrose Place" (1994).

Linda viajou cinco anos atrás para filmar um documentário sobre as questões da saúde das mulheres e das crianças como parte de seu trabalho como embaixatriz da boa vontade das Nações Unidas.