Caso você
queira posso passar seu terno, aquele que você não usa por estar amarrotado.
Costuro as
suas meias para o longo inverno...
Use capa de
chuva, não quero ter você molhado.
Se de noite
fizer aquele tão esperado frio poderei cobrir-lhe com o meu corpo inteiro.
E verás como
minha a minha pele de algodão macio, agora quente, será fresca quando janeiro.
Nos meses de
outono eu varro a sua varanda, para deitarmos debaixo de todos os planetas.
O meu cheiro
te acolherá com toques de lavanda - Em mim há outras mulheres e algumas
ninfetas - Depois plantarei para ti margaridas da primavera e aí no meu corpo
somente você e leves vestidos, para serem tirados pelo total desejo de quimera.
Os meus
desejos irei ver nos teus olhos refletidos.
Mas quando for
a hora de me calar e ir embora sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me
envergonharia de pedir ao seu amor esmola, mas não quero que o meu verão
resseque o seu jardim.
(Nem vou deixar
- mesmo querendo - nenhuma fotografia.
Só o frio, os
planetas, as ninfetas e toda a minha poesia).
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