Todos
os marmanjos que estavam vivos nos Anos Sessenta e Setenta lembram com muito
carinho de uma ruiva austríaca linda, maravilhosa, alta, com seios fartos, que
enlouqueceu todo o planeta passeando seminua em plena Idade da Pedra na comédia
“Quando As Mulheres Tinham Rabo”, ao lado do cowboy Guiliano Gemma. Mas quem
pensa em Senta Berger apenas como um símbolo sexual, não imagina o quanto ela é
qualificada como atriz, cantora e dançarina, além de produtora de filmes e
séries de TV.
Senta Berger é filha do pianista Josef Berger e
da professora escolar Therese Berger. Começou a cantar aos 4 anos de idade, num
duo que fazia com seu pai. Aos 5 anos, começou a estudar ballet. Aos 14 foi
estudar artes dramáticas em aulas particulares, e aos 16 foi descoberta pelo
famoso diretor Willi Forst e estreou no cinema. Logo a aseguir, foi aceita no conceituado
Max Reinhardt Seminar, e acabou virando o integrante mais jovem de toda a longa
história do Vienna Theater em Josefstadt.
Seu
primeiro papel de destaque foi em “O Bom Soldado” (1961) de Heinz Rühmann. No
ano seguinte, seguiu para Hollywood e participou de filmes ao lado de Charlton
Heston, Frank Sinatra, Dean Martin, Richard Harris, George Hamilton, Kirk
Douglas, John Wayne e Yul Brynner. Mas o problema é que em Hollywood ela sempre
recebia papéis secundários, enquanto na Europa tinha status de protagonista.
Então,
em 1968, ela cansou da América e voltou para a Europa. Voltou na condição de
estrela e também produtora, e participou de filmes dos mais diversos gêneros,
desde thrillers e dramas históricos até comédias eróticas. Sua produtora
emplacou inúmeros sucessos internacionais durante os Anos 70 e 80, com filmes
rodados em vários cantos da Europa. Mas mesmo assim, ela jamais deixou o teatro.
E pouco a pouco passou a investir também em produções para TV.
Senta
Berger é hoje uma bela senhora de 77 anos, que mantém as feições que a
celebrizaram em sua juventude. Continua na ativa como atriz. É presença
constante no Festival de Berlin todos os anos e preside desde 2003 a Academia
do Cinema Alemão.
Detalhe:
sempre que alguém surge diante dela com uma foto dos Anos 60 e 70 e pede que
ela autografe, ela o faz com o maior prazer, sem esconder o quanto se orgulha
de seu passado, e como se envaidece por já ter sido considerada uma das
mulheres mais lindas do mundo. (Manuel Mann)