A
belíssima Isabelle Yasmine Adjanian é filha de pai argelino e mãe alemã.
Cresceu em Gennevilliers, uma localidade próxima da capital francesa, e iniciou
sua carreira como atriz muito jovem, no teatro amador, enquanto estava na
Escola. Sua beleza e seu talento latente a levaram ao cinema em 1969, quando
estreou aos 14 anos de idade. Isabelle fez muito teatro e muita TV até 1975.
Quando seu rosto já era bem conhecido do público, decidiu focar sua carreira no
cinema. E então veio um convite de François Truffaut para protagonizar “A História
de Adele H”, que a projetou internacionalmente, com direito a indicações ao
Oscar e passaporte garantido para Hollywood. Mas Isabelle preferiu seguir sua
carreira na Europa, participando de filmes como “O Inquilino” (1976, Roman
Polanski), “Barocco” (1976, André Techine), “Nosferatu” (1979, Werner Herzog), “Quartet”
(1981, James Ivory) e “Antonieta” (1981, Carlos Saura). Já era uma atriz muito respeitada
quando, em 1981, fez “Possession”, de Andrzej Zulawski, que lhe rendeu seu
primeiro César de Melhor Atriz, atribuído pela Academia Francesa de Cinema. Sua
carreira ia de vento em popa quando, em meados dos 80, tentou a sorte novamente
nos Estados Unidos numa superprodução ao lado de Warren Beatty e Dustin Hoffman
chamada “Ishtar” (1986), que foi um fiasco retumbante. Foi a deixa para
Isabelle voltar para a França para cuidar de seus projetos pessoais. Em 1988
virou produtora com “Camille Claudel”, dirigido por seu então marido Bruno
Nuytten, que lhe valeu um novo César de Melhor Atriz. Foi nessa época que ela
conquistou algumas "inimizades perigosas" por ler trechos de “Os
Versos Satânicos” de Salman Rushdie em público, por criticar abertamente o
fundamentalismo muçulmano da Argélia e por se manifestar diversas vezes contra
a política anti-imigração da Frente Nacional Francesa. Isabelle poucos filmes
nos Anos 90. Mas brilhou intensamente nos poucos que fez. “A Rainha Margot” (1994)
foi um grande sucesso, e lhe valeu o quarto César. Já “Diabolique” (1995), onde
contracena com Sharon Stone e Jacqueline Bisset, foi um sucesso internacional,
mas lhe rendeu críticas bastante negativas. Foi mais ou menos nesta época que
Isabelle Adjani passou a ter crises de pânico constantes, e decidiu se recolher
em casa para se tratar e também para se dedicar à educação dos dois filhos:
Barnabé (com o diretor Bruno Nuytten) e Gabriel-Kane (com o grande ator
britânico Daniel Day-Lewis). Regressou em 2002, no drama francês “La Repentie”,
e desde então vem trabalhando com alguma regularidade. Devido ao excesso de aplicações
de botox para disfarçar as rugas, seus traços outrora levez e delicados ficaram
quase irreconhecíveis. Mas seu talento como atriz permanece intocado. (Manuel
Mann)
No comments:
Post a Comment