Saturday, July 7, 2018

ISABELLE ADJANI: OS OLHOS AZUIS MAIS DENSOS E PROFUNDOS DA HISTÓRIA DO CINEMA EUROPEU


A belíssima Isabelle Yasmine Adjanian é filha de pai argelino e mãe alemã. Cresceu em Gennevilliers, uma localidade próxima da capital francesa, e iniciou sua carreira como atriz muito jovem, no teatro amador, enquanto estava na Escola. Sua beleza e seu talento latente a levaram ao cinema em 1969, quando estreou aos 14 anos de idade. Isabelle fez muito teatro e muita TV até 1975. Quando seu rosto já era bem conhecido do público, decidiu focar sua carreira no cinema. E então veio um convite de François Truffaut para protagonizar “A História de Adele H”, que a projetou internacionalmente, com direito a indicações ao Oscar e passaporte garantido para Hollywood. Mas Isabelle preferiu seguir sua carreira na Europa, participando de filmes como “O Inquilino” (1976, Roman Polanski), “Barocco” (1976, André Techine), “Nosferatu” (1979, Werner Herzog), “Quartet” (1981, James Ivory) e “Antonieta” (1981, Carlos Saura). Já era uma atriz muito respeitada quando, em 1981, fez “Possession”, de Andrzej Zulawski, que lhe rendeu seu primeiro César de Melhor Atriz, atribuído pela Academia Francesa de Cinema. Sua carreira ia de vento em popa quando, em meados dos 80, tentou a sorte novamente nos Estados Unidos numa superprodução ao lado de Warren Beatty e Dustin Hoffman chamada “Ishtar” (1986), que foi um fiasco retumbante. Foi a deixa para Isabelle voltar para a França para cuidar de seus projetos pessoais. Em 1988 virou produtora com “Camille Claudel”, dirigido por seu então marido Bruno Nuytten, que lhe valeu um novo César de Melhor Atriz. Foi nessa época que ela conquistou algumas "inimizades perigosas" por ler trechos de “Os Versos Satânicos” de Salman Rushdie em público, por criticar abertamente o fundamentalismo muçulmano da Argélia e por se manifestar diversas vezes contra a política anti-imigração da Frente Nacional Francesa. Isabelle poucos filmes nos Anos 90. Mas brilhou intensamente nos poucos que fez. “A Rainha Margot” (1994) foi um grande sucesso, e lhe valeu o quarto César. Já “Diabolique” (1995), onde contracena com Sharon Stone e Jacqueline Bisset, foi um sucesso internacional, mas lhe rendeu críticas bastante negativas. Foi mais ou menos nesta época que Isabelle Adjani passou a ter crises de pânico constantes, e decidiu se recolher em casa para se tratar e também para se dedicar à educação dos dois filhos: Barnabé (com o diretor Bruno Nuytten) e Gabriel-Kane (com o grande ator britânico Daniel Day-Lewis). Regressou em 2002, no drama francês “La Repentie”, e desde então vem trabalhando com alguma regularidade. Devido ao excesso de aplicações de botox para disfarçar as rugas, seus traços outrora levez e delicados ficaram quase irreconhecíveis. Mas seu talento como atriz permanece intocado. (Manuel Mann)
































































































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