Thursday, May 24, 2018

CALLING DOCTOR LOVE! #13 (com o renomado conselheiro sexual honoris causa ODORICO AZEITONA M.D.)




Caro Dr. Love,
Sou heterossexual, tenho 35 anos de idade e vivo há 4 anos com uma advogada muito bonita e ótima de cama. Por algum motivo que eu não saberia explicar ao certo, de uns tempos para cá eu a tenho evitado na cama, preferindo me masturbar assistindo cenas de fudelança no meu smartphone no carro enquanto estou preso no trânsito ou em casa depois que ela vai dormir. Um dia desses ela me flagrou descabelando o palhaço com o telefone na mão, mas fez de conta que não viu e não me disse nada. Como conheço bem o jeito dela, sei que ela deve estar chateada comigo, ou -- pior -- com ela mesma. Me diga, Dr. Love: O que eu faço para fazer com que as coisas voltem a ser como eram antes? (Mão de Urso, Jundiaí SP)



Caro Mão de Urso,
não há nada de incomum nisso que você está vivenciando, por mais que possa parecer inusitado. O problema é que vídeos pornográficos, quando bem realizados e convincentes, nos permitem chegar a um padrão de satisfação que beira a perfeição, sem que para isso seja necessário fazer qualquer esforço físico ou manter qualquer envolvimento emocional com a outra parte. Para quem gosta de zonas de conforto, trata-se de algo absolutamente irresistível. Consta que muitos homens que faziam uso constante de prostitutas como atividade sexual extraconjugal hoje não fazem mais, já que o bom e velho ato solitário ganhou um upgrade e se sofisticou demais no quesito "realismo". O problema é que o seu casamento está correndo um risco muito grande com essa coisa toda, e é bom você tomar uma atitude logo para reverter essa tendência. Isso se você ainda amar sua mulher. Pense bem se você ainda a ama. Às vezes, esse tipo de "desinteresse sem motivo" pela sua parceira é uma maneira sacana do nosso subconsciente dizer sem muita clareza que o romance acabou, e a melhor coisa a fazer é encerrá-lo enquanto ainda é possível fazer isso amistosamente. Mas não se precipite. Primeiro tente voltar a fuder na sua mulher. Que sabe a química ainda funciona? Boa sorte.
  

Caro Dr. Love,
Sou uma mulher bastante atraente de 28, e sou bissexual. Meu marido tem 36 anos e é heterossexual. Antes de nos conhecermos, tive várias relações com casais, até que passei por um aborrecimento muito grande que me levou a evitar relações desse tipo. Quando nos casamos, prometi a ele que não me relacionaria mais com mulheres. Apesar dele dizer que isso não era necessário, eu insisti que não queria mais bucetinhas na minha vida, e que dalí em diante seria hétero como ele. Mas de uns meses para cá conheci uma loira sensacional de São Paulo na praia e começamos um romance às escondidas nos finais de semana que ela aparece por aqui. Estou pensando em contar tudo para ele, e ainda propor que ele entre na brincadeira, mas tenho um pouco de medo, pois não sei bem por onde começar. Você me ajuda, Dr. Love? (Aracnídea Bronzeada - Bertioga SP)



Quer um conselho, Aacnídea?
Primeiro meça bem o terreno dos dois lados. Veja se a sua loira maravilhosa de São Paulo encara na boa uma situação dessas, e depois dê umas indiretas no seu marido para ver se ele não encareteou em termos sexuais depois que assumiu uma relação estável com você. Relações assim são muito incertas e delicadas, e todo cuidado é pouco. Mas se sentir que há abertura para aprimorar a brincadeira, livre-se dos traumas das relações passadas avance o sinal e divirta-se bastante. Boa sorte.
  

Caro Dr. Love,
Convivo com minha mulher há mais de 15 anos, desde os tempos de faculdade. Sua beleza sempre foi exuberante. No entanto, 5 anos atrás, ela foi atacada por um pitbull num ataque de fúria e ficou desfigurada. Foi um trauma terrível para ela, que fez inúmeras operações plásticas para tentar reverter o quadro, com resultados sempre aquém do esperado. Mas, para minha surpresa, desde que ela ficou desfigurada eu passei a ter ainda mais tesão por ela. E isso virou um problemaço, pois a partir do momento em que ela sacou que suas deformidades me excitavam, passou a me negar sexo de forma sistemática. Me diga, Dr. Love: O que que eu faço para conseguir convencê-la de que eu a amo e que, para mim, ela é ainda mais linda como está agora do que antes? (Papito Cronenberg, Serra Negra SP)



Caramba, Papito, você é realmente cabuloso... Mas é bom que seja cabuloso mesmo, pois só esse seu tesão pelas deformidades dela poderão permitir que ela consiga ter uma vida mais ou menos saudável no futuro. Vá insistindo, e torça para que uma hora dessas ela caia em si e baixe a guarda e tope redescobrir o amor ao seu lado. Boa sorte para vocês dois.


Doctor Love atende nas horas vagas
pelo nome Odorico Azeitona.
Possuí vários livros não-publicados
sobre manifestações sexuais ocorridas
ao longo da História da Humanidade
e sobre como o sexo é praticado
nos quatro cantos do nosso planeta.
Não atende em consultório algum.
Só aqui mesmo. E chega.



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