Caro
Dr. Love:
Tenho
um Golden Retriever bem sem-vergonha chamado Bosley que adora participar das
sessões de sexo que eu promovo aqui em casa depois de passar o rodo nos bares
da região onde eu moro. Por sorte, a maioria das mulheres que eu trago para cá
acha legal ter o cu e a buceta lambidos pelo linguão dele, e não reclamam dele
vez ou outra tentar penetrar nelas, ou arranhá-las um pouco. Mas meu
veterinário está insistindo para que eu o castre logo, alegando que ele vai
ficar mais calma e menos bagunceiro -- e eu vou protelando, pois sei que se eu
fizer isso estarei cometendo uma maldade imperdoável com meu querido
companheiro de surubas. Me dá uma luz, Dr. Love, o que eu faço? (Cabo
Rusty, Tijuca RJ)
Concordo
plenamente, Cabo Rusty.
Além
do mais, cachorrinhas é que precisam ser castradas cedo para que não tenham
câncer no aparelho reprodutor. Cuide bem do Bosley para que ele continue sendo
seu parceiro de surubas por muitos e muitos felizes anos. E sejam felizes vocês
dois.
Caro
Dr. Love:
Conheci
uma ruivinha linda de 23 anos nas minhas férias de verão em Florianópolis dois
anos atrás. Tivemos um romance selvagem e divertidíssimo durante 10 dias, e
quando chegou a hora de voltar para São Paulo prometi manter contato com ela. E
cumpri. Por um ano inteiro. Até finalmente conseguir convencê-la a mudar para
cá para viver comigo. No começo, tudo parecia perfeito, mas então comecei a
perceber que, apesar dela ter renda própria e dividir as despesas comigo, ela
tem uma necessidade louca de sair toda noite para beber. E bebe até ficar
bêbada, às vezes até desmaiar. Já sentei para conversar com ela sobre
alcoolismo, mas ela insiste que não isso tem nada a ver e que ela não é
alcoólatra: apenas gosta de ficar bêbada e se divertir toda noite. Como é que
eu saio dessa roubada em que me meti, Dr. Love? (Sóbrio e Decepcionado, Jabaquara
SP)
É,
meu chapa...
Se
você já sabia que ela gostava de embalar desse jeito, o azar é todo seu. E se
não sabia, o azar é todo seu também. Das duas uma: ou você dá um pé na bunda
dela, manda ela de volta para Santa Catarina e volta para sua vidinha de merda,
ou então entra na dela e para de uma vez por todas com essa palhaçada de negar
fogo na hora de meter o pé na jaca com a mulher amada. Só te peço um favor: se
você for optar por mandá-la embora, e ela, ao invés de voltar para Santa
Catarina, decidir permanecer em São Paulo, encaminhe a moça aqui para a minha
casa, pois tem gente aqui que sabe dar valor para mulheres com esse perfil.
Durante
15 anos tenho sido empresária de meu marido, um cantor pop sertanejo muito
conhecido no Centro Oeste. Mas de um ano para cá senti que eu o estava perdendo
para uma groupie, que ele, malandramente, contratou para participar de sua
"road crew". Como não o amo mais há muito tempo, não me importei e
deixei rolar, até porque tudo o que eu quero é continuar a empresariar a
carreira dele. Mas a pilantrinha me quer fora de cena e está fazendo de tudo
para criar situações de litígio que inviabilizem uma eventual separação
amigável entre ele e eu. Sem contar que estou cansada de fazer sexo com objeto
inanimados e louca para retomar minha vida sexual -- mas não posso, com medo de
armarem algum flagrante para cima de mim. Como é que eu saio dessa, Dr. Love?
(Goiana Necessitada, Ponte Alta GO)
Querida Goiana Necessitada,
Se
eu fosse você, não perderia tempo tentando chegar a termos com esse casalzinho
bocó. Chame logo um advogado que seja também um bom negociador e entregue a
encrenca para ele resolver. E vá viver a vida, pois está faltando rock and roll
na sua vida. Um beijo e boa sorte.
Doctor Love atende nas horas vagas
pelo nome Odorico Azeitona.
Possuí vários livros não-publicados
sobre manifestações sexuais ocorridas
ao longo da História da Humanidade
e sobre como o sexo é praticado
nos quatro cantos do nosso planeta.
Não atende em consultório algum.
Só aqui mesmo. E chega.
No comments:
Post a Comment