Drew
Blyth Barrymore é uma daquelas pessoas que não nasceu: estreou. Integrante
mais jovem do célebre Clã dos Barrymores, ela apareceu pela primeira vez em um
anúncio quando tinha onze meses de vida. Sua primeira aparição no cinema foi no
filme Viagens Alucinantes (1980), de Ken Russell, baseado no romance de
Paddy Chayefsky. Logo em seguida, fez a pequena Gertie em E.T., de
Steven Spielberg. Tornou-se rapidamente uma das mais conhecidas atrizes-mirins
de Hollywood, especializando-se em papéis cômicos. Após uma adolescência
turbulenta, marcada pelo abuso de álcool e drogas e duas internações em
clínicas de reabilitação, Barrymore escreveu uma autobiografia precoce, Little
Girl Lost, em 1990. Contrariando todas as expectativas, ela conseguir fazer
a difícil transição de estrela mirim a atriz adulta, e em 1995 ela e a sócia
Nancy Juvonen formaram a produtora Flower Films. Sua primeira produção foi a
comédia Nunca Fui Beijada (1999), sucesso de público, e suas
produções seguintes -- "As Panteras" (2000), "As Panteras
2" (2003), "Como Se Fosse A Primeira Vez" (2004), e "Letra
e Música" (2007) -- foram todas bem sucedidas nas bilheterias.
Drew
cresceu e ganhou respeitabilidade em Hollywood. Ganhou uma estrela
na Calçada da Fama em Hollywood Blvd, e apareceu em 2007 na capa da
revista People como uma das "100 pessoas mais bonitas do
mundo". Foi nomeada "Embaixadora Contra a Fome" para o Programa
Alimentar Mundial(PAM) das Nações Unidas, e já doou mais de $1 milhão para
o programa. Desde 2017, brilha à frente da série cômica Santa Clarita
Diet. Mas eu confesso que sinto saudades daquela exuzinha linda e
espevitada que, dos 17 anos em diante, casou sei lá quantas vezes com jovens
atores ou jovens roqueiros, adorava se comportar como bad girl nos ambientes
mais solenes, posava nua com frequência para revistas como PLAYBOY e INTERVIEW,
e ainda teve a cara de pau de subir na mesa de Dave Letterman e mostrar seus
seios para ele durante uma entrevista em seu programa na NBC-TV. Reza a lenda quem
acabou com a festa dela e a colocou nos eixos foi seu padrinho Steven
Spielberg, que deu a ela uma colcha pelo seu vigésimo aniversário com um cartão
que dizia: "Cubra-se", e cópias de suas fotos
da Playboy com as imagens alteradas pelo seu departamento de arte,
nas quais ela aparecia completamente vestida. A partir daí, Barrymore resolveu
parar com o "misbehaving", e trabalhou incansavelmente tanto como
produtora quanto como atriz até ficar rica. Não fez um mal negócio. Eu é que
sou um libertino saudosista incurável. (Manuel Mann)
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