Tuesday, April 2, 2019

URSULA ANDRESS: A EUROBLONDE BOMBSHELL QUE MOSTROU PARA O MUNDO QUE DE FRIAS QUE AS MULHERES SUÍÇAS NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA


Em 1961, quando a ex-modelo Ursula Andress saiu do mar de Nassau com seu corpo escultural coberto apenas por aquele icônico biquini branco em "Dr. No", primeiro filme da série James Bond 007, Sean Connery quase enlouqueceu, e as platéias também. Não era para menos: era uma mulher para mais de 50 talheres, páreo duro para a sueca Anita Ekberg, que aparecera em "A Doce Vida" de Federico Fellini no ano anterior. Rolou, claro, um inevitável romance entre os Connery e ela durante as filmagens. Ambos eram atores novatos, desconhecidos. Não faziam ideia de que estavam fazendo história, estabelecendo as bases para a série de espionagem mais longeva e influente de todos os tempos.

A partir do sucesso estrondoso de "Dr. No". Ursula Andress transformou-se na starlet européia mais solicitada do início dos Anos 60, marcando presença tanto por filmes de Hollywood quanto por produções inglesas, italianas e francesas. Nunca foi uma boa atriz. Nunca precisou ser. Bastava circular diante das câmeras com sua beleza arrebatadora, tirar a roupa em uma ou outra cena e... voilà! Fez isso em "Seresteiro de Acapulco" com Elvis Presley. Fez isso em "Casino Royale" com David Niven e Peter Sellers. Fez isso em "Os Quatro do Texas", com Frank Sinatra e Dean Martin. Fez isso em "A Décima Vítima", com Marcello Mastroianni. E, claro, fez isso em "As Fabulosas Aventuras de Um Playboy", com Jean-Paul Belmondo.

Com exceção de Sinatra e Niven, consta que Ursula devorou impiedosamente os atores com quem contracenou em sua vasta filmografia. A louraça belzebu nascida em 19 de Agosto de 1936 em Ostermundigen, Suíça, sempre gostou de fuder, mas nunca foi muito feliz nos casamentos que teve. O primeiro, com John Derek, durou dez anos (1957-1966), mas os outros todos tiveram vida curta. Ursula namorar sem compromisso. Já quarentona, começou a fazer aquele número clássico “Maitê Proença”, fazendo de conta que namorava personalidades homossexuais que não podiam assumir publicamente sua condição. Um certo jogador brasileiro (hoje técnico), que jogou em Roma por alguns anos, posou de namorado dela nos Anos 80. Se conseguiu convencer os italianos de que era heterossexual, isso eu confesso que não sei. Mas aqui no Brasil ninguém acreditou no namoro – que, diga-se de passagem, saía estampado na Revista Manchete semana sim, semana não.

Sua carreira, no entanto, começou a perder o rumo no início dos Anos 70 quando Hollywood fechou as portas para atrizes europeias. Foi quando ela passou a ser convidada apenas para produções inglesas B e comédias italianas ligeiras, sempre para exibir seu corpo em cenas cada vez mais quentes e mais reveladoras. Seguiu até meados dos Anos 80 exibindo seu corpo nesses filmes, desafiando bravamente a chegada dos 50 anos. Daí para a frente, deixou o cinema e começou a atuar em séries de TV esquecidas pelo tempo como "Manimal" e "Falcon Crest".

Ursula trabalhou muito pouco nos últimos 25 anos, mas nunca se aposentou oficialmente. Seu último trabalho foi em 2005, na comédia satírica suíça "Die Vogelpredigt", inédita por aqui. Ao contrário de muitas mulheres que foram lindíssimas na juventude, ela não se esconde dos paparazzi para manter sua beleza de outrora cristalizada. Pelo contrário: adora posar para eles, adora conceder entrevistas e falar de seu passado namorador e da vida boa que teve em seus anos de jet-set internacional. Não tem medo nem vergonha de seus 83 anos recém-completados.


Ursula pode não ter tido uma grande carreira no cinema, mas com certeza se divertiu um bocado. É talvez a única bond-girl que se deu bem depois de ter sido bond-girl, talvez por ter consciência de que não era uma bom atriz, e sim uma bombshell arrebatadora, uma deusa do sexo com uma buceta sempre faminta, uma fêmea capaz de trazer qualquer homem a seus pés. Teve – talvez ainda tenha, vai saber... -- como lema de vida aquela mesma frase que celebrizou Leila Diniz, dita em 1970 no camarim de uma peça musical da qual participava, quando se negou a sair com um fazendeiro rico e prepotente do Mato Grosso que insistia que ela tinha que dar para ele, pois dava pra todo mundo. A frase é a seguinte: “Dou pra todo mundo, mas não dou pra qualquer um” (Ju Cartwright)







































































































































































































































































































































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