LUCIANA PALUZZI POR JU CARTWRIGHT
Meninos,
acreditem: poucas carreiras são mais cruéis que a de ator. Como explicar que um
mulherão como Luciana Paluzzi -- bonita, gostosa e talentosa na medida certa,
capaz de falar 3 ou 4 línguas diferentes, e que merecia ter tido uma carreira
espetacular -- tenha sido obrigada a se aposentar aos 40 anos de idade por
falta de convites de trabalho de produtores europeus e americanos?
Luciana
já era um mulherão quando estreou no cinema aos 17 anos num filme romântico de
1954. Nos anos 50 e início dos 60, participou de inúmeros filmes, quase todos
italianos, e na maioria das vezes em papéis coadjuvantes. Nunca deu sorte como
protagonista. Nenhum dos filmes que traziam seu nome abaixo do título nos
letreiros dos cinemas conseguiu emplacar nas bilheterias. Ficou conhecida no
mundo inteiro como a inesquecível 'Fiona Volpe', vilã sexy e mortal de “Thunderball
- 007 Contra a Chantagem Atômica” (1965), e tirou o melhor proveito possível da
projeção que o filme lhe trouxe. A verdade é que, se por um lado existe uma
maldição que impede que as carreiras de bondgirls decolem, por outro lado essa
maldição só se aplica às “mocinhas”, e nunca colou nas “bad girls” que cruzam o
caminho de Mr. Bond.
Quando
se aposentou em 1977 -– um momento particularmente ruim para o cinema popular
europeu -- , Luciana Paluzzi lamentou nunca ter tido a oportunidade de
trabalhar com cineastas mais respeitados, que alavancassem sua carreira para um
patamar superior. Lamentou também ter feito tantos filmes italianos de segunda
e terceira linha, que lhe garantiram dinheiro, mas quase nenhum prestígio
artístico. Ao contrário de companheiras de geração como Stefania Sandrelli e Marisa
Mell, que não hesitaram em fazer filmes com cenas de sexo muito ousadas para
permanecer no mercado cinematográfico italiano, Luciana simplesmente disse “Obrigado,
Não!”, e delicadamente saiu de cena.
Então,
decidiu levar sua gostosura para a ensolarada Los Angeles, California, onde comprou
uma casa em Bel-Air e foi fazer pontas em séries de TV. Em 1980 conheceu o alto
executivo da Warner Bros. Michael Jay Solomon, e os dois se casaram. Mudaram-se
para uma casa cinematográfica num penhasco à beira-mar em Jalisco, Mexico, onde
viveram por mais de 20 anos. Em 2005, mudaram-se para Nova York, onde vivem até
hoje, perto dos dois filhos (Christian Halsey Solomon e Lee Solomon) e dos
cinco netos (três meninos e duas meninas).
Não
vou dizer o que sempre digo aqui: que nossa “catedral de carne” de hoje ainda
dá um caldão. Não, infelizmente não dá não. Os anos de gostosura de Luciana
Paluzzi ficaram para trás. Quem comeu, comeu. Quem não comeu, que se contente
com estas amostras fotográficas que reunimos nesta postagem, que podem servir
de inspiração para punhetas e siriricas inesquecíveis nesses dias frios e
chuvosos.
Senhoras
e Senhores... caiam de boca em Luciana Paluzzi.
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