Monday, June 18, 2018

LUCIANA PALUZZI: UMA RUIVA LINDA E TALENTOSA QUE O CINEMA ITALIANO NUNCA SOUBE ACOLHER DEVIDAMENTE

LUCIANA PALUZZI POR JU CARTWRIGHT


Meninos, acreditem: poucas carreiras são mais cruéis que a de ator. Como explicar que um mulherão como Luciana Paluzzi -- bonita, gostosa e talentosa na medida certa, capaz de falar 3 ou 4 línguas diferentes, e que merecia ter tido uma carreira espetacular -- tenha sido obrigada a se aposentar aos 40 anos de idade por falta de convites de trabalho de produtores europeus e americanos?

Luciana já era um mulherão quando estreou no cinema aos 17 anos num filme romântico de 1954. Nos anos 50 e início dos 60, participou de inúmeros filmes, quase todos italianos, e na maioria das vezes em papéis coadjuvantes. Nunca deu sorte como protagonista. Nenhum dos filmes que traziam seu nome abaixo do título nos letreiros dos cinemas conseguiu emplacar nas bilheterias. Ficou conhecida no mundo inteiro como a inesquecível 'Fiona Volpe', vilã sexy e mortal de “Thunderball - 007 Contra a Chantagem Atômica” (1965), e tirou o melhor proveito possível da projeção que o filme lhe trouxe. A verdade é que, se por um lado existe uma maldição que impede que as carreiras de bondgirls decolem, por outro lado essa maldição só se aplica às “mocinhas”, e nunca colou nas “bad girls” que cruzam o caminho de Mr. Bond.

Quando se aposentou em 1977 -– um momento particularmente ruim para o cinema popular europeu -- , Luciana Paluzzi lamentou nunca ter tido a oportunidade de trabalhar com cineastas mais respeitados, que alavancassem sua carreira para um patamar superior. Lamentou também ter feito tantos filmes italianos de segunda e terceira linha, que lhe garantiram dinheiro, mas quase nenhum prestígio artístico. Ao contrário de companheiras de geração como Stefania Sandrelli e Marisa Mell, que não hesitaram em fazer filmes com cenas de sexo muito ousadas para permanecer no mercado cinematográfico italiano, Luciana simplesmente disse “Obrigado, Não!”, e delicadamente saiu de cena.

Então, decidiu levar sua gostosura para a ensolarada Los Angeles, California, onde comprou uma casa em Bel-Air e foi fazer pontas em séries de TV. Em 1980 conheceu o alto executivo da Warner Bros. Michael Jay Solomon, e os dois se casaram. Mudaram-se para uma casa cinematográfica num penhasco à beira-mar em Jalisco, Mexico, onde viveram por mais de 20 anos. Em 2005, mudaram-se para Nova York, onde vivem até hoje, perto dos dois filhos (Christian Halsey Solomon e Lee Solomon) e dos cinco netos (três meninos e duas meninas).

Não vou dizer o que sempre digo aqui: que nossa “catedral de carne” de hoje ainda dá um caldão. Não, infelizmente não dá não. Os anos de gostosura de Luciana Paluzzi ficaram para trás. Quem comeu, comeu. Quem não comeu, que se contente com estas amostras fotográficas que reunimos nesta postagem, que podem servir de inspiração para punhetas e siriricas inesquecíveis nesses dias frios e chuvosos.

Senhoras e Senhores... caiam de boca em Luciana Paluzzi.














































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