Embora
considerado por muitos como o último grande artista da geração da música soul, Al
Green não soa nada parecido com os seus predecessores. Sua voz é frequentemente
comparada a uma combinação perfeita entre “sensual” e “sexy”. Com o seu falsete
característico e único, capaz de provocar verdadeiras explosões de arrepios, ele
esteve em alta durante todos os anos 70, alcançando o top 10 da paradas
diversas vezes.
Albert
Greene nasceu em Abril de 1946, em Arkansas. Ainda pequeno começou a atuar com
os seus cinco irmãos mais velhos, conhecidos localmente por Greene Brothers.
Apesar de serem muito pequenos começaram desde cedo a criar boa reputação e a
lançar as sementes para o sucesso. Então, no final dos anos 50, o pai o expulsou
de casa quando o encontrou a ouvir o mítico Jackie Wilson, considerado o Elvis
Presley negro! Uma vez que a família Greene era profundamente devota à igreja
católica, o recém-descoberto interesse musical de Albert foi motivo suficiente
para que fosse colocado fora de casa.
Na
escola secundária, Al Green começou um grupo com dois colegas, Curtis Rodgers e
Palmer James. Em 1968, gravaram a música “Back Up Train” e em poucas semanas
assistiram ao sucesso da música nas tabelas de R&B. Ainda assim, o álbum de
estreia dos Al Green & Soul Mates não teve o mesmo sucesso.
Ao
assinar contrato com o produtor Willie Mitchell, Al Green lançou então o seu
primeiro álbum a solo, “Green Is Blues”, que registou um sucesso moderado. O
segundo disco “Al Green Next to You” também não elevou Al Green ao patamar do
estrelato. Mas quando o álbum “Let’s Stay Together” saiu, o artista nunca mais
deixou de ser reconhecido como uma das grandes vozes da História da Música. Foi
com este hit clássico -- seu primeiro disco de ouro -- que garantiu um lugar
único no coração do público.
Após
anos de glória, o artista viveu momentos dramáticos em 1974, quando pouco
depois do lançamento do álbum “Al Green Explores Your Mind”, a sua ex-namorada,
Mary Woodson White, despejou seobre ele uma frigideira de aveia quente enquanto
tomava banho. O motivo teria sido dele em se casar com ela, que se suicidou
logo após o ataque, usando o próprio revólver dele, Al Green. Levou semanas
para ele se recuperar das queimadoras nas costas e nos braços. De qualquer
maneira, sua vida mudou radicalmente daquele momento em diante. Tornou-se
pastor pelo Tabernáculo Full Gospel em Memphis. No ano seguinte casou com
Shirley Kyles, com quem teve 3 filhas. E passou a se dedicar à religião,
alternando LPs soul com LPs gospel – se bem que, ao longo dos Anos 80 e 90, Al
se dedicou prioritariamente à sua carreira gospel.
Só
em 2003, Al Green regressou com força total à soul music, e então todos se
deram conta de que ele era o maior soulman vivo, e que esse legado precisava
ser saudado. Seu disco de retorno foi o sensacional “I Can’t Stop”, novamente
sob a produção do lendário Willie Mitchell, que também produziu seu disco
seguinte, “Everything’s OK”. Em 2008, experimentou sonoridades mais modernosas
em “Lay It Down”, lado a lado com nomes da nova geração do R&B como Ahmir
Questlove Thompson (do grupo The Roots) e o notável tecladista James Poyser.
Continua ativo e correndo a America com seus shows arrebatadores
DISCOGRAFIA
1967
Back Up Train
1969
Green Is Blues
1971
Gets Next to You
1972
Let's Stay Together
1972
I'm Still in Love with You
1973
Call Me
1973
Livin' for You
1974
Explores Your Mind
1975
Al Green Is Love
1976
Full of Fire
1976
Have a Good Time
1977
The Belle Album
1978
Truth N' Time
1980
The Lord Will Make a Way
1981
Higher Plane
1981
Tokyo Live
1982
Precious Lord
1983
I'll Rise Again
1983
The Christmas Album
1983
White Christmas
1983
Al Green Presents the Full Gospel Tabernacle Choir
1984
Trust in God
1985
He Is the Light
1987
Soul Survivor
1989
I Get Joy
1990
From My Soul
1992
Sings Gospel
1992
Love Is Reality
1993
Don't Look Back
1995
Your Heart's in Good Hands
2002
Back2Back Gospel Hits
2003
I Can't Stop
2005
Everything's OK
2008
Lay It Down
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