Caro
Doctor Love,
Desde
adolescente, sou fascinado por mulheres de origem humilde. Apesar de ter
nascido em berço esplêndido, sempre fui fascinado pelo jeitinho delicado das
mulheres da periferia, pelo jeito delas se vestirem, pelos perfumes doces que
elas usam, etc, etc etc. Acabei casando com uma mulher da mesma classe social
que eu, e durante muitos anos essa minha obsessão por mulheres mais simples só
cresceu. Um belo dia, passei num bazar de roupas usadas -- bem usadas, diga-se
de passagem, quase puídas -- e comprei todas as que pudessem servir na minha
mulher. Chegando em casa, expliquei a ela meu fascínio pela simplicidade e pedi
que ela provasse as roupas que trouxe. Ela achou a ideia divertida, provou as
roupas, me deixou louco de tesão, e desde então -- lá se vão mais de 10 anos --
nossas preliminares sempre incluem um strip-tease de roupinhas bem gastas,
quase sem cor. Há algo de errado nisso, Dr. Love? Seria isso uma espécie de
perversão, ou apenas uma obsessão sensual? (Wagner Puente, Santos SP)
Eu
diria que é uma obsessão sensual, pois fetichismo é sempre saudável. Eu aplaudo
inciativas como a sua. E sua mulher é craque, por aceitar na boa a brincadeira.
Divirtam-se bastante, pesquisem brechós na periferia. Vai ser legal. Boa
sacanagem e boa sorte!
Caro
Doctor Love,
Meu
marido desenvolveu de uns tempos para cá o estranho hábito de levar comida para
a cama e comer desbragadamente entre uma sessão de sexo e outra comigo. No
início, achei a ideia curiosa e até divertida. Mas de uns tempos para cá ela
vem ganhando dimensões nitidamente autodestrutivas, e parece estar
completamente fora de controle. Ele já engordou cerca de 15 quilos e insiste
que gostaria muito que eu o acompanhasse em sua comilança -- algo que eu me
recuso a fazer, pois preciso manter a minha silhueta, por questões
profissionais e também por vaidade pessoal. O pior de tudo é que desde que ele
começou com essa comilança desenfreada na cama, ele melhorou significativamente
seu apetite sexual. Meu medo, para ser muito franca, é que ele enfarte em cima
de mim. O que eu faço, Dr. Love? (Angela Bouffe, Niterói RJ)
Querida
Angela,
Lamento
informá-la que seu marido enlouqueceu por completo. Mas tente encarar o lado
positivo disso: ele se transformou num amante exemplar, que parece ter muito
tesão por você, e, convenhamos: algo assim não se encontra em qualquer esquina.
Eu recomendo que você faça um cursinho rápido de primeiros socorros para poder
socorrê-lo caso algo aconteça. Mas pense positivo: vai dar tudo certo. De
resto, relaxe, goze, e aproveite bastante o banquete. Boa sacanagem e boa
sorte!
Caro
Doctor Love,
Sou
morena, tenho 25 anos de idade e ganhei do meu ex-namorado um presentinho nada
agradável: herpes genital. Por sorte, sou muito bonita e gostosa, e consigo
arrumar parceiros mesmo assim. Faço questão de ser sempre franca com eles antes
de levá-los para a cama. Mas confesso que isso me enche o saco, e minha vontade
é de procurar meu ex-namorado que me passou essa merda e capá-lo. Já existe
algum tipo de tratamento para essa merda, Dr. Love? (Anna B, Salvador, Bahia)
Querida
Anna,
Ainda
não há cura para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a
recorrência da doença e impedir que ela cause complicações mais graves e se
espalhe pelo corpo. Acompanhamento médico pode, também, agir para amenizar os
sintomas e para não transmitir herpes para outras pessoas. O tratamento é feito
basicamente por meio de medicamentos antivirais, que aliviam a dor e o
desconforto causados durante uma crise, curando as lesões com maior rapidez. Para
crises recorrentes, comece a tomar o medicamento assim que o formigamento, a
queimação ou a coceira começar, ou assim que você notar o aparecimento de
bolhas. As pessoas que têm muitas crises podem tomar esses medicamentos diariamente
durante um tempo. Isso pode ajudar a evitar crises e a diminuir sua duração. Procure
seu ginecologista e comece seu tratamento o quanto antes. E nada de sexo
desprotegido daqui para a frente. Boa sacanagem e boa sorte!
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