POR
MANUEL MANN
O
Brasil sempre foi a terra do Futebol, das Mulatas e da Cerveja. Ao menos, era
assim que nós, portugueses, enxergávamos o Brasil depois da Segunda Grande
Guerra. Mas, pouco a pouco, este conceito foi-se alterando.
O
futebol brasileiro entrou em decadência de 20 anos para cá, e hoje nós,
portugueses, passamos não só a ostentar um futebol superior ao dos brasileiros.
As mulatas, outrora maravilhosas e delicadas, viraram criaturas musculosas com
pernas de halterofilistas absolutamente repulsivas –- vi o desfile das Escolas
de Samba deste ano e confesso que fiquei horrorizado, pois com exceção de Juliana
Paes todas as Madrinhas de Bateria pareciam alunas de Charles Atlas. E a
cerveja, bem...
A
cerveja brasileira fabricada pelas grandes cervejarias – Brahma, Antarctica e
Skol – possuía um padrão de qualidade interessante até metade dos Anos 80, e
sempre houveram cervejarias pequenas, de alcance local, muitas vezes com
receitas bem diferenciadas. Mas o expansionismo destas grandes cervejarias começou
a engolir as pequenas cervejarias uma a uma. De repente, a Brahma comprou a
Antarctica e nasceu a AMBEV, a maior empresa do gênero do mundo, que não teve
dificuldade alguma em monopolizar o mercado.
Claro
que, com o surgimento desta mega-cervejaria, a qualidade de seus produtos
começou a desabar. No início, o pretexto era de que havia a necessidade de adaptar
o produto ao paladar feminino. Com isso, marcas detestáveis, absolutamente sem
sabor algum, surgiram no mercado. Mais adiante, as receitas originais de vários
rótulos tradicionais de cerveja começaram a ser alterados também, trocando
cereais mais caros (cevada, por exemplo) por cereais mais baratos (milho transgênico)
para ter um produto mais competitivo no mercado e descaracterizando por
completo seus produtos.
Confesso
que nunca fez o menor sentido para mim a compulsão da cervejarias brasileiras em
descaracterizar marcas clássicas para atingir o público feminino e promovê-las
com anúncios em TV e em revistas repletos de mulheres seminuas e mensagens
maliciosas. Por muitos e muitos anos, praticamente todas as cervejarias –
grandes ou pequenas – relacionaram a gostosura feminina com a gostosura de suas
cervejas. E então, num belo dia, um pelotão de feminazis sem coisa melhor para
fazer em suas vidas começaram a dedicar suas vidas a eliminar da TV e das
revistas anúncios de cervejas com mulheres gostosas com apelos machistas.
Separei
para vocês, leitores de CACILDA!, alguns anúncios clássicos de cerveja e outros
nem tanto – mas todos com mulheres vendendo o produto.
Divirtam-se.
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