Eu, Jurema Cartwright, mulheróloga de plantão em CACILDA!, sapa
bissexta, 69 anos de idade bem rodados, confesso a vocês: sou apaixonada desde
sempre por essa magrela linda, alta e gostosa chamada Paula Prentiss, e sempre
morri de inveja de seu marido Richard Benjamin por ser presidente vitalício --
estão casados há 57 anos -- e membro da Associação de Amigos e Moradores dela.
Paula já tinha uma carreira consolidada como atriz em filmes juvenis
com Jim Hutton nos Anos 60, quase a conheci em "What''s New
Pussycat?" -- que aqui no Brasil passou com o nome "O Que Que Há,
Gatinha?", uma comédia pop sem pé nem cabeça rodada em meados dos Anos 60
sob o impacto da estética e do sucesso comercial de "A Hard Day's
Night", de Richard Lester. As cenas do filme de que ela participa, quase
sempre exibindo seu corpo magnífico, são inesquecíveis. Perturbadoras, até.
Lembro que vi o filme várias vezes na época, e em cada ida ao cinema bati pelo
menos três siriricas -- sendo duas, com certeza, para Paula.
Na sequência, teve aquela comédia bem simpática com Rock Hudson,
"O Esporte Favorito dos Homens" (Man's Favorite Sport, 1966, de
Howard Hawks), e mais adiante a ótima adaptação de "Goodbye Columbus"
(1969, de Larry Peerce), baseado no romance de Philip Roth, onde contracenou
com seu maridão. No meio tempo entre um filme e outro, ela e Benjamin
protagonizaram uma série de TV chamada "He & She", sobre um casal
de artistas, que durou apenas uma temporada mas serviu como referência para
diversas sitcoms mais adultas produzidas da década seguinte, como "Mary
Tyler Moore". Prova inequívoca de que estava alguns anos à frente de seu
tempo.
Seus filmes mais interessantes, no entanto são "A Mudança"
(Move, direção de Stuart Rosenberg, 1970, onde contracena com Elliott Gould e
Geneviève Waite), "Ardil 22" (Catch 22, direção de Mike Nichols,
1970, ao lado de Alan Arkin), "Nascido Para Vencer" (Born To Win,
1971, direção de Ivan Passer, com George Segal), "The Parallax View"
(1974, direção de Alan J Pakula, com Warren Beatty), "The Stepford
Wives" (1975, direção de Bryan Forbes) e "Amigos Amigos, Negócios à
Parte" (Buddy Buddy", 1981, onde leva o ex-marido Jack Lemmon e o
assassino profissional Walter Matthau à loucura ao casar com um médico pilantra
interpretado por Klaus Kinski).
Dizem que, apesar de linda e
talentosa, Paula só não virou uma estrela porque tinha 1m78cm de altura -- alta
demais para os padrões de Hollywood. Em consequência disso, era vetada nas
escalações de elenco para papeis românticos com grandes atores mais baixos ou
da mesma altura que ela. Se aposentou do cinema em meados dos Anos 80, mas
voltou a trabalhar em produções para TV sempre que era convidada. Seu último
trabalho foi na produção da Netflix "I Am The Pretty Thing That Lives In
The House" (2016), onde interpreta uma velha escritora que vive reclusa.
Aos 80 anos completados no início deste mês, Paula ainda guarda traços da belíssima mulher que
foi nos Anos 60 e 70. Não sei não, mas acho que mesmo hoje em dia, caso ela
piscasse pra mim, eu a arrastaria para meu cafofo e faria gato e sapato dela.
Mesmo cheia de pelancas e degradada pelo tempo, sou capaz de apostar que ainda
existe um vulcão prestes a explodir no meio daquelas pernas finas.
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