Wednesday, May 15, 2019

MEGAN FOX; A PIN-UP FAVORITA DA AMÉRICA NA PRIMEIRA DÉCADA DO NOVO SÉCULO
























MEGAN FOX FALA SOBRE O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ “TRANSFORMERS”

(por ÉRICO BORGO para OMELETE - 18.07.2007

Tom de voz baixo, tranquilíssima, trajes absolutamente normais de dia-a-dia, escondida atrás de óculos de aro grosso e com o cabelo preso. Se a garota que entrou na sala onde estavam sendo realizadas as entrevistas de Transformers não tivesse sido anunciada como Megan Fox, aquela beldade morena que interpreta a personagem principal do filme dos robôs da Hasbro, eu nem desconfiaria. De fato, pode até ser que passasse por ela direto na rua. Nah. Não vamos exagerar... mesmo sem o glamour hollywoodiano, a atriz continua linda. E melhor ainda, revelou que escreve e desenha histórias em quadrinhos. Sim, linda E nerd. Confira agora a conversa com Megan Fox:

Como você entrou no projeto? Você teve o mesmo receio quee tanta gente teve de que seria um filme bobo pra crianças?

Eu não ligo a mínima. Eu estava num programa de TV que foi cancelado e fiquei desempregada. Daí a idéia de fazer um filme com Michael Bay e Steven Spielberg era simplesmente boa demais pra ser ignorada. Em nenhum momento tive qualquer receio a respeito do filme não ser algo "especial". É uma honra trabalhar com essas pessoas.

O que mais te surpreendeu em Bay e Spielberg?

Steven só foi ao set uma vez e eu fiquei horrorizada. Ele é STEVEN SPIELBERG e Transformers foi meu primeiro filme como protagonista. Foi assustador. Já Michael trabalha como nunca vi ninguém trabalhar. Ele sabe fazer o trabalho de qualquer um no set. Ele é um workaholic e um perfeccionista, totalmente dedicado ao trabalho. É muito respeitável.

Parece inspirador vê-lo trabalhar. Você se sentiu assim?

Sim, porque as prioridades dele são totalmente diferentes das minhas. Eu priorizo minha família. Ele se sacrifica pelo progresso da indústria e pelo entretenimento. Isso é inspirador e admirável - mas não a ponto de me fazer mudar as minhas prioridades.

Sempre haverá algo mais importante que o trabalho...

Eu acho que todo mundo se sente assim, que há muitas coisas mais importantes no mundo do que o seu trabalho. O segredo é não se distrair. Afinal, estar num emprego como esses te garante um monte de coisas, como melhorar a vida da sua família. Com o dinheiro de Transformers consegui comprar um carro para minha mãe. É pra isso que trabalho, afinal.

Quando você começou sua carreira?

Eu tinha três anos e vi pela primeira vez o Mágico de Oz e fiquei obcecada pelo filme vários anos. Eu tinha a roupinha da Dorothy - que nós mesmos fizemos porque éramos muito pobres - e fazia todo mundo me chamar pelo nome dela. Isso durou um ano inteiro. No final, deixei voltarem a me chamar de Megan, mas decidi que seria uma atriz e isso ficou até hoje. Quase mudei de idéia aos 13 anos, quando inventei de ser advogada, mas aí percebi que não gostava de Direito, mas que estava vendo Ally McBeal demais. Ahahahahahaha.

Havia alguém no show business na sua família? Houve alguma influência próxima?

Eu sou do Sul dos EUA, do Tennessee, não da Califórnia. Ninguém da minha família é do meio artístico. Apesar de uns boatos que eu ouvi por aí sobre eu ser parente do Willie Nelson. Ahahaha. Não, a outra única pessoa que tem talento artístico na minha família é minha irmã, que cantava, mas ela não insistiu, não teve paciência...

Você saiu de lá então, pra perseguir seu sonho.

Lá na minha cidade não há teatros, aulas dramáticas nem nada disso. Só havia um coral e eu acabei entrando nele, só pra me acostumar com o palco, apesar da minha voz ser terrível. Dancei um pouco também quando era criança e adorava, entrava em competições e tal... depois mudei para a Califórnia com 15 anos. Convenci minha mãe a ir comigo e dei sorte, logo que cheguei consegui um papel pequeno num filme da Lindsay Lohan, Confissões de Uma Adolescente em Crise. Aí comecei a ganhar algum dinheiro e minha mãe me deixou ficar por lá sozinha.

E como foi o teste de Transformers?

O processo todo durou muito tempo... eu estava esperando uma ligação a qualquer momento, porque me chamaram nove vezes para os testes - e ninguém te chama tantas vezes assim se não houver um certo interesse. Enquanto isso também estava esperando romperem meu contrato com a série de TV (Hope & Faith). Acho que ficaria muito decepcionada se não conseguisse, afinal, investi muito tempo nisso. Mas quando finalmente recebi a ligação fiquei atordoada. Foi sensacional.

Esse filme é um cartão de visitas incrível pra você. Que tipo de projetos você vai buscar a partir de agora?

Olha, não tenho grandes vontades nesse sentido. A única personagem pela qual sou obcecada é a heroína de uma história em quadrinhos chamada Fathom, de Michael Turner. Eu mataria alguém para conseguir esse papel.

E essa recente transformação em celebridade te incomoda? Quais as vantagens fora os melhores empregos?

Isso aqui. É muito empolgante viajar pelo mundo para comentar seu trabalho. Ver o mundo... não dá pra reclamar. Tudo de graça, primeira classe, hotéis como este... é quase férias. O lado ruim é esse lance de ser fotografada - que eu odeio. Odeio tirar fotos, sou muito encanada comigo mesma. As pessoas dizem que sou sexy, mas detesto isso e não acho mesmo. Não me sinto nem um pouco feminina, não sei posar... é estranho. Gosto das roupas lindas. Mas não me sinto linda nelas.

Notei que em Transformers o visual de Mikaela fica bem desgrenhado ao final. Ela termina o filme bem acabada, diferente da maioria dos filmes de ação em que a mocinha segue linda e intocada até a conclusão.

Legal você ter comentado isso, porque algumas dessas coisas foram sugestões minhas. O esmalte das unhas, por exemplo, que termina completamente destruído. Achei que ficaria mais real assim. Aliás, semana passada em fui ver Quarteto Fantástico e Surfista Prateado... por que diabos a Jessica Alba fica perfeita o filme todo? Ela está lutando pra salvar o mundo e cada fio de cabelo perfeitamente alinhado, lustroso e lindo. É irreal! Detesto isso.

Você pode falar um pouco sobre as suas tatuagens?

Eu tenho oito no corpo todo. Tenho muitas palavras, alguns trechos de literatura. "We Will All Laugh At Gilded Butterflies" nas costas ["rindo das borboletas variegadas", adaptação de Rei Lear, de Shakespeare], que eu considero uma advertência aos perigos de Hollywood, à obsessão que as pessoas sentem pelas imagens que elas inventam de si mesmas. É um traço de personalidade ter tatuagens, é uma expressão artística, e eu também adoro desenhar.

O que você desenha?

Mangás, imagens inspiradas em animês e histórias em quadrinhos. Não sei pintar, mas sou obcecada por ilustrações e quadrinhos.

Você tem intenção de escrever quadrinhos algum dia?

Sem dúvida! Algum dia quem sabe terei meus quadrinhos adaptados ao cinema?

























































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